A HISTÓRIA DA MINHA EMPRESA COMO TUDO COMEÇOU...

03/02/2014 13:37

São Paulo, 26 de janeiro de 2006

 

Senhores

Em novembro passado tivemos a feliz iniciativa em começarmos os primeiros passos para a criação do   Primeiro Clube do Ônibus Antigo Brasileiro.

 

Esse empreendimento só alcançará êxito se pudermos contar com a participação de todos, empresários, particulares e apaixonados por ônibus antigos.

 

Felizmente a receptividade tem sido muito boa e esperamos corresponder às expectativas de todos.

 

Reservamos o site www.primeiroclubedoonibusantigo.com, que vem a cada dia recebendo visitas e sugestões dos  busólogos e busamantes,  termos que definem os verdadeiros apaixonados por ônibus.

 

Uma sugestão freqüente é criarmos uma página onde a empresa que cultiva a cultura da preservação do ônibus antigo, tenha a sua história ali registrada.

 

A Turismo Santa Rita, bem como a Eucatur,  a Caprioli, a Breda, a Garcia, dentre outras, são as mais citadas.

 

Assim, gostaríamos de obter um relato da história de sua empresa, onde constasse até mesmo as dificuldades, pois sabemos que a luta é árdua desde as aquisições de veículos, passando pela seleção de profissionais competentes, até o cumprimento de toda uma burocracia exigida pela legislação extensa e intensa no estabelecimento de uma empresa.Todo esse material integrará um livro que futuramente pretendemos publicar, registrando, em definitivo, os grandes nomes do transporte rodoviário nacional, bem como material inicial para uma série de programas em televisão.  

 

Todas esses dados constarão em nosso site e, como arquivos, servirão de fontes de estudo, de pesquisa e de prazer aos busólogos.

 

Certamente as informações contribuirão para mostrar inclusive que a luta na construção de uma empresa acontece com a parceria dos funcionários e dos diretores, sem distinção de classe. Todos são importantes na preservação da empresa e conseqüentemente na manutenção do seu negócio e do seu trabalho.

 

Pedimos enviar-nos, via e-mail, logo que possível, a sua história, para ilustrarmos assim nosso site.

 

Antonio C. Kaio Castro - presidente

kaiolafontaine@primeiroclubedoonibusantigo.com

 

Uma lição de vida!

 A história da Viação Danúbio Azul, se confunde com a vida do seu fundador, que desde a infância já acumulava conquistas e responsabilidades. Roque Felício, começou a trabalhar cedo, acompanhava o Pai Sr. Felippe Felício (imigrante Libanês) que vendia rapadura na região de Mococa, cidade do interior Paulista.

Naquela época, o pequeno Roque costumava pedir enxadas velhas jogadas fora e desprezadas pelos fazendeiros, que depois de reformadas e recuperadas, eram vendidas como novas.

 

Estudar era preciso, mas somente pode cursar o primeiro grau (mesmo assim, obtinha notas máximas para seu orgulho e de sua família).

Foram tempos difíceis, mas precisava trabalhar para ajudar o Pai no custeio da família. Já moço, trabalhou como vendedor de tecidos (na Casas Dois irmãos em Niterói, Rio de Janeiro e nas casas Pernambucanas em Mococa). A partir daí, juntou algumas economias, e após alguns anos, montou seu próprio negócio, uma loja em Cajuru (SP) que batizou de: Feira do Lar.

 

Vendia de tudo! Desde alimentos, utensílios domésticos, ferramentas, fogão até geladeira (que naquela época era novidade!).

Como comprava em São Paulo, pois ia com seu caminhão, vendia sempre mais barato que as outras lojas! Seu lema: "O lucro não está na venda, está na compra".

Quando chegava de viagem, só ia descansar depois de descarregar tudo!

Trabalhava muito, e sua visão empresarial fez com que percebesse a necessidade de um transporte para passageiros, que venceria o tempo e a distância ora então percorrida pelo trem (único meio de transporte naquela época para São Paulo).

 

Nascia então em outubro de 1954 a Viação Danúbio Azul, nome inspirado na valsa de Strauss. Foram tempos difíceis, iniciou a linha Cajuru-São Paulo, com dois ônibus novos, cuja carroceria era da marca Nicola.

 

Enquanto um saia de Cajuru às 2f, 4f, 6f, o outro saia de São Paulo às 3f, 5f e sábados (domingo era dia de folga). Roque casou-se com Anita, mas o destino foi duro com ele, ficou viúvo, com cinco filhos para criar.

Passaram-se alguns anos, e para sua sorte, casou-se com uma jovem professora, que fora passar as férias em Cajuru. Assim já casados, Eunice, sua nova esposa, que, por morar em São Paulo, convenceu-o a se mudar para a Capital. Daí em diante foram estradas percorridas e linhas inauguradas.

 

Por onde passava, Roque Felício era convidado a entrar nas cidades com seus ônibus, e assim foram se passando os anos e Roque não parou mais de crescer, adquirindo linhas e empresas.

Estudou na Faculdade de Direito junto com sua esposa Eunice, tiveram seis filhos, ganhou netos e bisnetos. Hoje o Dr Roque nos deixa saudades, pois Deus o recrutou para obras maiores, mas suas sementes se espalharam por todo o Brasil, todos seus onze filhos, foram criados com dignidade e honestidade, receberam o saber, "o bem mais precioso" segundo Roque, e seguiram o ramo do comércio, mais precisamente na atividade de transportes de passageiros. A Viação Danúbio Azul segue serena, se modernizando a cada dia, buscando sempre inovar para fidelizar seus clientes.

 

É a primogênita de um grande grupo: O grupo VIDA!

 

- "Não existe uma estrada longa quando se tem um bom companheiro". (Roque Felicio)       

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